sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Jordânia

Eu contemplando El Khazneh -A Câmara do Tesouro em 01/2010   
Pelos países que viajei até o prezado momento, Jordânia consiste  em lampejos nostálgicos na parede de minha memória,   especialmente a cidade de Petra. Em diferentes tonalidades de rosa, e uma bela paisagem desértica, a cidade encanta e fascina o mero turista que se perde na  beleza e na magia deste incrível país. Merecidamente, uma das sete maravilhas do mundo e um dos lugares que sem dúvida, não se pode deixar de ver antes de morrer, conforme ótima e lacônica recomendação turística. Obviamente, eu não poderia deixar de descrevê-la de forma poética:          

Pelo deserto estava eu,
à  procura de encontrar uma resposta para as minhas intermináveis incertezas,
decifrar os enigmas que pairam sobre o meu espírito.
Caminho com muita calma, respiro fundo sobre as pedras de Petra. Em cavernas, lá dentro me recosto. A língua árabe ouvida pelos beduínos, o toque-toque dos cavalos...O sono e a brisa vêm, assim como o cheiro repousante da areia e do vento em meu rosto, em meu corpo me enlaçam.
Procuro... mais vida, mais sentimentos, mais o encontro com a minha alma, com o meu ser.
O encontro de mim mesma! 

Maísa Neves 



El Khazneh...Eu, (à direita) em 01/2011

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Por que escrevo?


Na realidade para mim, escrever é tão necessário quanto o ar que respiro. No percurso das letras, das palavras é que encontro o meu mundo, a solução para os meus problemas internos. Através do sofrimento e da esperança que permeiam a vida humana, encontro soluções muitas vezes ambíguas para continuar minha caminhada e a tornar mais suportável. Afinal, sem uma ‘válvula de escape’, o que seria do viver? Escrevo por pessoas que não podem escrever ou que gostariam de ouvir uma só frase que seja saindo de meus lábios como se fossem delas. Como a maioria dos escritores, escrevo para dar um depoimento do meu tempo, contar da condição humana nos dias em que vivo, de preferência sob um ângulo que não foi contado ou observado. Não tenho pretensão de com a escrita mudar algo, pois é visceral a ação para mim. Como menciona Clarice Lispector: "Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..."
Assim escrevo para manifestar minha alegria, minha saudade, minha necessidade de expurgo, para matar minha fome, para respirar e para viver. Leio e escrevo pela descoberta incessante de que as certezas não são eternas e que as incertezas alimentam nossa mente.
Maísa Neves 



segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Amiga Sem Noção

Salam Aleikum a todos vocês!! Olha, preciso desabafar um assunto que envolve uma amiga sem noção, que me incomoda muito ultimamente. Assim, evito guardar o aborrecimento por meio da escrita. Eis o ocorrido: 

Ela simplesmente chega me xingando de todos os palavrões que você pode imaginar agora. O que eu percebo além de tomar a liberdade de me dizer os ‘mais lindos’ atributos, liberdade esta que nem me recordo de ter dado, dispara sem controle em seu discurso de vítima que o mundo a varreu. Que ninguém a trata bem, que ninguém se importa. Então me chama de amiga da onça (porque eu não a levei aos lugares que costumo ir). Deveria? Justamente alguém que não respeita meus valores, minha cultura e minhas ideias, inclusive que ainda debocha deles. Alguém que liga para essa que vos escreve só quando realmente precisa e nem ao menos pergunta como eu estou ao atender o telefone. Minha resposta de sempre: "Não vou sair hoje", "Não pretendo ir a nenhum lugar", "Não estou interessada", "Já tenho compromisso hoje", "Não" e "Não". Ah, são somente essas palavras quando dá tempo de responder. Imediatamente o telefone desliga do outro lado com um habitual: "Só pra saber, amiga, tchau!" 
Postei o ocorrido no facebook para ver se a digníssima se tocava e dessa forma eu me sentiria livre. Ufa, problema resolvido - pensei. Comentários de amigas com dicas de como eu deveria deixar de ser educada, e dar um chega pra lá de vez, com direito a  retrucar os palavrões recebidos. Literalmente, eu poderia descer do salto com pessoas assim, segundo minhas amigas do FB.  Foram mais ou menos uns vinte comentários e eu fiquei feliz, afinal estava claro em minha página, os meus sentimentos em relação à pessoa. 
Na mesma semana, sem o mínimo  semancol, a dita cuja me liga. O telefone não parava de tocar, uma chamada após outra. Evidentemente, desliguei o celular. Fui surpreendida pela chamada em meu telefone fixo que ela conseguiu com outra amiga. "Você vai à aula hoje Maísa?"- perguntou rapidamente, ao que respondi: "Estou com uma gripe muito forte, de cama essa semana. Então não vou sair". Sem ouvir o restante da minha frase, ela desligou com a frase final: "Só pra saber, amiga, tchau!"
Olha não sei explicar o porquê esta pessoa sempre encana comigo a ponto de não me dar folga para os lugares que tenho prazer em frequentar. Mas, acredito que tudo na vida ocorre não por acaso. Tudo requer uma razão e um objetivo, que talvez não entendamos no momento que enfrentamos a situação. Após um tempo, vem a compreensão e podemos assim entender o motivo das pessoas entrarem e saírem de nossas vidas. Mesmo que tenhamos ou não afinidade. O tempo dirá.   

Maísa Neves 

  


            

Miniconto

  TÍTULO OU SER HUMANO? Após responder alguns e-mails no escritório, Fátima desabafava com o amigo de trabalho sobre os aborrecimentos que...